A colonialidade do saber: Um olhar desde a Educação Matemática

Autores/as

  • Carolina Tamayo-Osorio Universidade Federal de São Carlos

Palabras clave:

Jogos de Linguagem, Semelhanças de família, Decolonialidade, Ensino de Matemática, Etnomatemática, Language Games, Family resemblance, Decoloniality, Mathematics Teaching, Etnomathematics.

Resumen

Ressumo

O propósito deste artigo é problematizar imagens naturalizadas sobre a matemática que na escola se processa como efeito da colonialidade do saber. Como atitude metódica orientamo-nos na perspectiva terapêutico-desconstrucionista, inspirados na forma de fazer e pensar filosofia terapêutico-gramatical do filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein e da filosofia desconstrucionista do filósofo franco-argelino Jacques Derrida. Alinhando-nos à crítica desconstrucionista da tradição metafísica do pensamento ocidental realizada de modos distintos pelos dois filósofos, procuramos articular as impossibilidades de estar plenamente dentro ou inteiramente fora das formas de vida e questionar as instabilidades entre as supostas fronteiras que separam um dentro de um fora da escola.

Abstract

The purpose of this article is to problematize naturalized images about the mathematic that in school takes place as an effect of the coloniality of knowledge. In this way we centralize our discussion from a therapeutic-deconstructionist perspective, inspired by the way of doing and thinking the therapeutical-grammatical philosophy of the Austrian philosopher Ludwig Wittgenstein and the deconstructionist philosophy of French-Algerian philosopher Jacques Derrida. Aligning us with the deconstructionist critique of the metaphysical tradition of Western thought performed in differents ways by the two philosophers, we seek to articulate the impossibilities of being fully inside or entirely outside of forms of life and to question the instabilities between the supposed boundaries separating from an inside of an outside from the school, for understanding the coloniality of knowledge.

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Carolina Tamayo-Osorio, Universidade Federal de São Carlos

Doutora em Educação da Universidade Estadual de Campinas na linha de Ensino e Práticas Culturais. Professora do Departamento de Metodologia de Ensino da Universidade Federal de São Carlos (São Paulo, Brasil). Integrante do grupo de pesquisa “Educação, Linguagem e Práticas Culturais” da Universidade Estadual de Campinas (São Paulo Brasil) e “Matemáticas, Educación y Sociedad” da Universidade de Antioquia (Medellín, Colômbia). Coordenadora da Red Latinoamericana de Etnomatemática para Sul América. E-mail: carolina.tamayo36@gmail.com

Citas

Barton, B. (1999). Ethnomathematics and Philosophy. Em Zentralblatt für Didaktik der Mahtemitik, 31(3), 54-58.

Bhabha, H. K. (1998). O lugar da cultura. Journal of Chemical Information and Modeling. Belo Horizonte: Editora UFMG. https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004

Bento, M. M. (2014). AM[OU]: um estudo terapêutico-desconstrucionista de uma paixão. (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Brasil.

Boaventura Santos, S. (2003). Conhecimento prudente para uma vida decente. “Um discurso sobre as ciências” revisitado. 1. ed. Porto: Edições Afrontamento.

Cantoral, R. (2013). Teoría Socioepistemológica de la Maemática Educativa: estudios sobre construcción social del conocimiento. México: Gedisa S.A.

Cantoral, R., Reyes-Gasperini, D., & Montiel, G. (2014). Socioepistemología, Matemáticas y Realidad. Revista Latinoamericana de Etnomatemática, 7(3), 91-116.

Clareto, S. (2013). Matemática como acontecimento na sala de aula. Em memorias 36ª Reunião Nacional da ANPEd –29 de setembro a 02 de outubro de 2013, Goiânia- GO.

Corrêa, J. (2015). He war. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas.

D´Ambrosio, U. (1990). Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer. São Paulo: Ática.

D’Ambrosio, U. (2001). Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica.

Derrida, J. (2001). Posições. Trad. Tomaz Tadeu da Silva. Belo Horizonte, MG: utêntica.

Derrida, J. (2004). Papel e Maquina. Estação Liberdade, Ed. (1st ed.). Tradutor: Nascimento, Evandro.

Farias, K. S. (2014). Práticas mobilizadoras de cultura aritmética na formação de professores da Escola Normal da Província do Rio de Janeiro (1868-1889): ouvindo espectros imperiais. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas.

Gerdes, P. (1991). Etnomatemática: cultura, matemática, educação. Maputo: Instituto Superior Pedagógico.

Gerdes, P. (2010). Geometria dos trançados borá na Amazônia peruana. São Paulo: Editora Livraria da Física.

Gunter, G., & Wulf, C. (2004). Mimese na cultura: Agir social, rituais e jogos produções estéticas. 1. ed. São Paulo (SP): Annablume.

Jamioy, H. (2010). Bínybe Oboyejuayeng – Danzantes del viento. Editorial Universidad de Caldas,2005. Edición ampliada y editada por el Ministero de Cultura, Bogotá.

Jesus, F. R. (2015). Indisciplina e transgressão na escola. Tese de Doutorado. Univesidade Estadual de Campinas.

Kawall-Ferreira, M. (2002). Quando 1+1 diferente 2. Práticas no parque indígena. In M. Kawall-Ferreira, (Ed.). Idéias Matemáticas de poucos culturalmente distintos (pp.56). 1. ed. São Paulo: Global Editora/FAPESP.

Knijnik, G. (2006). Educação Matemática, culturas e conhecimento na luta pela terra. Santa Cruz do Sul: Edunisc.

Lambert, C., & Barcellos, L. (2012). Entrevista com Eduardo Viveiros de Castro. Primeiros Estudos, 4 (2), 251–267.

Latour, B. (2013). Jamais Fomos Modernos- Ensaio de Antropologia Simétrica. (C. Irineu da Costa, Trad.) (Editora 34). Rio de Janeiro, Brasil.

Miguel, A., Vilela, D., & Lanner De Moura, A. R. (2012). Problematização indisciplinar de uma prática cultural numa perspectiva wittgensteiniana. Revista Reflexão E Ação, 20(2), 6–31. Retrieved from

http://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/3053/2235

Miguel, A. (2013). Posfácio ao livro “Usos e jogos de linguagem na matemática: diálogo entre Filosofia e Educação Matemática”. Em D. Vilela, Usos e jogos de linguagem na matemática: diálogo entre Filosofia e Educação Matemática (pp. 319-348). São Paulo: Editora Livraria da Física.

Miguel, A. (2014). Is the mathematics education a problem for the school or is the school a problem for the mathematics education? Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, 4(2), 5-35.

Miguel, A. (2016a). Um jogo memorialista de linguagem – um teatro de vozes. (Texto de livre docencia) Campinas (SP, Brasil).

Miguel, A. (2016b). Historiografia e Terapia na Cidade da Linguagem de Wittgenstein. Bolema, 30, (55), 368-389.

Mignolo, W. (2003). Historias locales/diseños globales: colonialidad, conocimientos subalternos y pensamiento fronterizo. Madrid: Akal.

Morin, E., & Wulf, C. (2002). Planeta a aventura desconhecida. (1st ed.). Editora, UNESP.

Oliveira, I. B. (2008). Boaventura & a Educação. (2. ed.). Belo Horizonte: Autentica.

Quijano, A. (2005). Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. In Colonialidad del saber, eurocentrismo y ciencias sociales (pp. 201–246). Bueno Aires: Clacso- Unesco. Recuperado http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/veiculos_de_comunicacao/NOR/NOR0237/NOR0237_02.PDF

Quijano, A. (2007). Colonialidad do poder e classificação social. In S. Boaventura Santos & M. P. Meneses (Eds.). Epistemologías do Sul (1st ed., pp. 73–117). São Paulo: Editora Cortez.

Rocha Vivas, M. (2012). Palabras mayores, palabras vivas: Tradiciones mítico-literarias y escritores indígenas en Colombia. Colombia: Taurus.

Skovsmose, O. (2001). Em direção à Educação Matemática Crítica. In Educação Matemática Crítica: a questão da democracia (pp. 97-126). Campinas: Papirus.

Tamayo-Osorio, C., & Cuellar-Lemos, R. N. (2016). Juegos de lenguaje en movimiento: Una experiencia indígena. Revista Latinoamericana de Etnomatemática, 9(1), 49–70.

Tamayo-Osorio, C. (2017). Vení, vamos hamacar el mundo, hasta que te asustes: uma terapia do desejo de escolarização moderna. (Tese de doutorado). Universidade Estadual de Campinas, São Paulo. Disponível em

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/325354

Veiga-Neto, A. (2013). Pensar a escola como uma instituição que pelo menos garanta a manutenção das conquistas fundamentais da modernidade. In M. V. Costa, (Ed.). A escola tem futuro? (pp. 103-126). Rio de Janeiro: DP&A.

Vilela, D. (2013). Usos e jogos de linguagem na matemática: diálogo entre Filosofia e Educação Matemática. Ed. Livraria de São Paulo (SP).

Vilela, D. (2010). A terapia Filosofica de Wittgenstein e a Educação Matemática. Educação e Filosofia Uberlândia, 24(48), 435-456. Jul-Dez. Recuperado de http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/viewFile/7976/5090

Viveiros De Castro, E. (2015). Metafísicas canibais (1st ed.). São Paulo: Cosac Naify.

Walsh, C. (2007). ¿Son posibles unas ciencias sociales/culturales otras? Reflexiones en torno a las epistemologías decoloniales. Nómadas (26), 102-113.

Wittgenstein, L. (2003). Gramática filosófica (GF). Tradução de Luís Carlos Borges. São Paulo: Loyola

Wittgenstein, L. (2005). Observações Filosóficas. Edições Loyola.

Wittgenstein, L. (2007). Observações sobre o Ramo Dourado de Frazer. Suplemento Da Revista Digital AdVerbum, 2, 186–231. Retrieved from http://www.psicanaliseefilosofia.com.br/adverbum/vol2_2/observacoes_ramo_de_ouro.pdf

Wittgenstein, L. (2009). Investigações Filosóficas. (Vozes, Ed.). Petrópolis, RJ: Tradução de Marcos G. Montagnoli.

Publicado

2017-12-23

Cómo citar

Tamayo-Osorio, C. (2017). A colonialidade do saber: Um olhar desde a Educação Matemática. Revista Latinoamericana De Etnomatemática Perspectivas Socioculturales De La Educación Matemática, 10(3), 39-58. Recuperado a partir de https://www.revista.etnomatematica.org/index.php/RevLatEm/article/view/475